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Memorias de José Garibaldi, volume II

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XXI
QUEM ME AMA SEGUE-ME

A 2 de julho reuni as tropas na praça do Vaticano, e caminhei ao centro d'ellas. Annunciei-lhes que deixava Roma, para levar ás provincias a revolta contra os austriacos, contra o rei de Napoles, e contra Pio IX.

E ajuntei:

– Quem quizer seguir-me, será recebido entre os meus; a esses não peço senão um coração cheio de amor da patria. Não terão soldo nem repouso; terão pão e agua quando o acaso lh'os der. Quem não está contente com esta sorte fique. Uma vez abertas as portas de Roma, todo o passo dado á retaguarda será um passo de morte.

Quatro mil infantes e quinhentos cavalleiros se juntaram ao redor de mim; eram dois terços dos defensores que restavam a Roma.

Annita vestida de homem, Ciceravecchio que não queria ver a indignidade do seu paiz, e Ugo Bassi, o santo que aspirava ao martyrio, foram dos primeiros a acercar-se.

Pela noite sahimos de Roma, pelo caminho do Tivoli. O meu coração estava triste como a morte.

A ultima noticia que havia recebido era a da morte de Manara…

G. G.

Aqui interrompem-se as memorias de Garibaldi.

Um dia obterei d'elle a segunda parte da sua vida como obtive a primeira. Aquella resumir-se-ha em duas palavras:

Exilio e triumphos.

A. Dumas.

Seguem alguns pormenores ácerca dos mortos, que o doutor Bertoni se dignou redigir para mim.

XXII
OS MORTOS

LUCANO MANARA

A 30 de junho ás 2 horas da manhã começou como se viu nas memorias do general, o ataque do recinto Aureliano, nossa segunda linha de defensa.

Manara pelas 3 horas da manhã reentrou na villa Spada; acabava de collocar os seus atiradores.

Na vespera uma balla de peça depois de haver batido na muralha cahira sobre seu leito.

Elle se tinha desviado para lhe dar logar, e rindo, dissera:

– Vereis que não terei a sorte de apanhar uma arranhadura.

Entrando achou Emilio Dandolo muito inquieto por causa de Morosini que diziam prisioneiro.

Nem um nem outro sabiam noticia alguma a tal respeito.

N'este momento uma balla de recochete feriu Dandolo no braço.

– Por minha fé, meu pobre rapaz, parece que não ha d'isso senão para ti!

Depois desatando o cinturão e deixando a espada, tomou um oculo de observação e veiu á janella para olhar os soldados francezes que apontavam uma peça.

No mesmo instante, partiu um tiro de carabina; a bala passou entre dois sacos de terra e feriu-o no ventre justamente no logar que o cinturão teria protegido se elle o conservasse.

Dandolo viu-o tremer, e ferido como estava, aproximou-se para o suster:

– Estou morto, disse Manara, recommendo-te meus filhos.

Veiu um medico; mas vendo-o pallidecer o ferido comprehendeu que tudo havia terminado.

Collocaram Manara n'uma paviola, e no meio do fogo os seus companheiros o levaram a Santa Maria della Scala. Foram chamar-me á ambulancia dei Pellegrini onde eu estava; corri. Era elle que tinha querido que o levassem junto a mim. Ai de mim, estimavamo-nos ternamente!

A praça estava atulhada de projectis.

Uma joven que havia tido a imprudencia de chegar a uma janella, acabava de ser ferida no peito e morta instantaneamente.

M. Varenna, official lombardo, ficou com a perna quebrada por um obuz, quando ia a subir os degraus da egreja para se aproximar de mim.

Ia, como eu, vêr Manara.

Um medico tambem corria para a egreja. Uma granada o prostou do cavallo; e um instante depois o cavallo ferido de egual golpe cahia sobre elle.

Eu chegava são e salvo; conduzia-me Deus!

Ao fundo da egreja, á direita, perto da balaustrada, estava um leito rodeado pelos officiaes da legião Manara.

Logo que o ferido me viu estendeu a mão para mim, e com voz fraca perguntou-me:

– É mortal?

A mocidade repellia apezar da evidencia a idéa da morte.

Vendo que eu lhe não respondia repetiu:

– Pergunto-te se a minha ferida é mortal; responde-me!

E sem esperar a resposta, prorompeu em palavras cheias de pesares e de saudades.

Animei-o tanto quanto o póde fazer um homem a quem a coragem falta; entretanto elle viu bem que eu não tinha esperança.

Muitos medicos se aproximaram d'elle, mas fazendo-lhe signal com a cabeça para se affastarem:

– Deixae-me morrer tranquillo! lhes disse elle.

Seu pulso quasi se não sentia, as extremidades estavam frias, as feições profundamente alteradas, e o sangue corria a golphadas da ferida… soffria horrivelmente.

Seus companheiros perguntaram-me o que eu pensava do seu estado.

– Tem ainda pouco mais ou menos uma hora de vida, disse eu a Dandolo.

Então o mancebo inclinando-se ao ouvido do seu amigo:

– Pensa no Senhor! lhe disse elle.

– Oh! penso, e muito! respondeu Manara.

Depois accenou a um barbadinho para que viesse. O frade approximou-se do leito, escutou a confissão do moribundo e deu-lhe a absolvição.

O nosso pobre amigo então pediu o Viatico.

Dandolo exforçava-se em consolal-o o melhor que podia, fallando-lhe em Deus.

Elle o interrompeu para lhe fallar de seus filhos.

– Educa-os, lhe disse elle, no amor de Deos e da patria.

Depois accrescentou:

– Conduz a Milão o meu corpo com o de teu irmão. Causa-te pena que eu morra, meu charo amigo, disse elle; ai de mim! tambem eu choro a vida!

Chamou então para seu lado um soldado que era sua ordenança, e que bastantes vezes tinha feito enraivecer.

– Tu perdoas-me não é assim? lhe disse elle sorrindo.

Depois perguntou a Dandolo se tinha havido noticias de Morosini.

Dizia-se vagamente que elle estava prisioneiro.

Um pouco antes de morrer, Manara tirou um annel do dedo, metteu-o no de Dandolo, e disse:

– Saudarei teu irmão por ti:

E virando-se para mim:

– Ó Bertani! faz-me morrer depressa, disse elle; soffro muito!

Foi a ultima queixa que sahiu de sua boca.

Entrou em agonia, agarrou-se convulsivamente aos que o cercavam, depois recahiu no leito, com um suspiro, immovel e frio.

Puz-lhe a mão sobre o coração; battia ainda, mas lentamente: pouco a pouco as pulsações cessaram.

Sua alma está já no Ceu.

Eu disse então aos monges que nos rodeavam de me prepararem uma solução arsenical para injectar o cadaver, mas não havia arsenico. Contentei-me de fazer a injecção com sublimado corrosivo. O cadaver foi transportado para uma camara, á direita do altar mór, perto da sachristia, e ali deposto levemente, vestido do seu uniforme, e com a cabeça apoiada n'uma almofada.

Seu joven amigo Eleuterio Pagliano que durante todo o cerco tinha valentemente combatido, e que é hoje um dos mais distinctos pintores lombardos, fez o seu retrato.

Perto d'elle, deitado sobre uma prancha estava Aguyar, o negro de Garibaldi: Mirava eu estes dois cadaveres tão bellos, e de tão differente bellesa, quando ouvi soluçar atraz de mim.

Era Ugo Bassi que chorava.

Todo o tempo que estivemos n'esta camara, parecia ella ser o alvo dos projectis francezes.

No seguinte dia foi o cadaver transportado a uma casa e d'alli á egreja de S. Lourenço. Depois do que foi deposto na egreja dos Cem Padres, onde o esperava o corpo de Henrique Dandolo e onde devia juntar-se o de Morosini.

No proprio dia da morte de Manara chegava uma carta de sua esposa contendo estas sós palavras:

«Não penses em mim nem em teus filhos, pensa só na patria.»

Pobre mulher! a morte estava encarregada de lhe levar a resposta.

EMILIO MOROSINI

Estavamos em redor do leito de Manara, perguntando o destino dos nossos mais charos amigos, e entre outros d'Emilio Morosini.

Mas n'este dia foi impossivel saber nada de positivo a seu respeito.

Na manhã do 1.o de julho Dandolo soube de um soldado que se havia achado na brecha ao mesmo tempo que Morosini, que elle havia cahido gravemente ferido nas mãos dos francezes.

Apesar de soffrer muito da sua ferida, Dandolo correu ao triumvirato, depois ao ministerio para obter permissão de sahir. Depois de tres horas de instancia, obteve-a e correu ao campo dos francezes sem salvo-conducto de qualidade alguma.

Sustido nos postos avançados, disse o fim a que ia. Um official teve piedade de sua angustia e lhe permittiu de penetrar no campo, onde o conduziram á ambulancia. Soube que Morosini havia morrido.

Pediu que lhe entregasse o cadaver para o entregar á sua familia; mas um medico respondeu que havia duas horas que o haviam levado para um cemiterio muito affastado. Dandolo sollicitou uma ordem de exhumação.

Em quanto esperava a resposta ao seu pedido, entrou um capitão ajudante do estado-maior, que ficou muito admirado de ver no campo francez um official italiano sem salvo-conducto. Condemnou a prisão o official que o deixára passar, e mandou-o para a linha dos postos avançados sem nada querer ouvir.

Dandolo volveu a trazer a triste noticia aos seus amigos, e escreveu ao chefe do estado maior francez para pedir a permissão da exhumação.

Obteve-a na manhã de 2.

A triste ceremonia do transporte de Manara estava acabada quando Dandolo se aproximou de mim dizendo:

– Bertani, d'aqui a algumas horas o cadaver de Morosini estará na egreja dos Cem Padres, em Santa Vieto, onde poderás vêl-o.

Fui á egreja um pouco antes da noite. A casa ou antes o convento que confinava com a egreja, estava occupada pelos francezes, de sorte que a egreja estava fechada.

Pedi permissão de entrar a um capitão, que vendo a profunda tristesa espalhada em meu rosto, me perguntou affectuosamente se eu era soldado, qual a minha patria, e se havia perdido algum parente ou amigo.

 

Respondi-lhe que havia perdido muitos amigos, e entre outros Manara. Conhecia-o de nome, e pediu-me pormenores sobre sua morte, e tambem me deu alguns.

Um caçador de Vincennes, que estava perto d'elle no ataque de Spada, e que elle me mostrou no meio de um grupo de soldados ao pé da porta onde estavamos, lhe dissera no momento em que Manara se approximara da janella com o seu oculo:

– Olhae bem este official, está morto.

Ao mesmo tempo o soldado havia atirado: a balla chegara ao seu destino; e elle havia visto cair Manara.

O capitão continuava a fallar; eu estava tão triste que não lhe pude responder senão pedindo-lhe que me deixasse entrar na egreja.

– Que ides ahi fazer? me perguntou elle.

– Vou procurar o cadaver de outro amigo, desenterrado hoje mesmo e entregue pelos vossos á dôr de sua mãe.

Mandou pedir permissão ao coronel, obteve-a, e confiou-me ao guardião da egreja para que me deixasse entrar.

A egreja estava escura; o guardião abriu uma pequena porta que conduzia do convento ao côro da egreja, deu-me uma lampada e apontando-me um canto sombrio disse-me:

– Procurae ahi.

Mas elle não quiz seguir-me mais ávante.

Approximei-me triste e piedosamente, com um tremor em todas as veias.

Este silencio, estas trevas, o duvidoso clarear da lampada, o precioso objecto de minhas investigações, a angustia de encontrar assim o encantador mancebo que eu conhecera vivo, tudo isto me fazia pulsar fortemente o coração.

Caminhava lentamente, não conhecia aquelles lugares, sem saber onde estava collocado o corpo, levantando a lampada e tremendo de o tocar com o pé.

Emfim perto dos degraus descobri uma fórma negra e longa.

Reconheci um corpo humano.

Quasi louco de dôr, e de um horror que eu não dominava, inclinei-me sobre elle.

Oh! triste! triste! triste!

Com a mão que me ficava livre, desatei a corda que ligava o lençol ao pescoço, ao ventre e aos pés. Levantei a cabeça. Ainda que já desfigurado, reconheci que era o pobre moço que eu procurava.

Larguei-lhe a cabeça.

Ella cahiu sobre a lagea imprimindo-lhe um som que eu nunca esquecerei.

Não havia em mim um cabello que não tivesse a sua gota de suor.

Parei tremendo.

Meu Deos, como vós sois grande, e como a morte é horrivel!

Fiz um exforço sobre mim. Medico habituado á morte, não queria ser por ella vencido.

Pousei a lampada sobre um dos degraus do altar, volvendo os olhos para o rosto do morto, olhando-o tristemente: estava mais pallido que o panno que o cobria.

Procurei e toquei suas feridas. Teria querido guardar as ultimas gotas de sangue de seu coração para as levar a sua mãe, e para fazer com este sangue uma cruz sobre o rosto de todos os jovens italianos, que um dia devem levantar-se para o libertamento da sua patria.

Cortei uma madeixa de seus cabellos. Talvez elle tivesse um amigo: com certesa tinha uma mãe.

Emfim apertei-lhe a mão; descobri uma derradeira vez a minha cabeça ante elle e murmurei:

– Até á vista!

Sahi transido da egreja, levando este espectaculo de morte exactamente copiado em mim, que hoje, onze annos depois escrevendo estas linhas, vejo ainda o cadaver, a figura pallida, no seu lençol todo cheio de terra e sangue.

Sahindo encontrei o guarda, depois o official, ao qual apertei a mão sem poder pronunciar uma palavra.

No dia seguinte o cadaver de Morosini foi deposto n'um caixão de chumbo, esperando o momento da partida para o solo natal com os cadaveres dos seus inimigos.

Todos nós desejavamos com egual ardor ter pormenores sobre a morte de Morosini; mas os mais eram obrigados a partir. Ficavam só os mortos, e os que ajudavam os feridos a morrer.

Eu era dos ultimos.

Eis aqui, pois o que soube sobre a morte de Morosini. Colhi estes pormenores que vou dar de mr. de Santi, corso empregado no serviço sanitario dos francezes, e que na noite de 29 a 30 de junho era cirurgião na ambulancia do fosso.

Este honrado e bom confrade, ao qual sou devedor de alguns serviços, me contou que a 30 de junho ao raiar d'alva trouxeram a ambulancia um dos nossos officiaes, tão joven e tão bello que elle o tomou por uma mulher.

Estava levemente ferido na testa, na mão esquerda e no peito, mas mortalmente no ventre.

De Santi o havia tratado com affeição.

Morosini que ainda fallava, perguntou-lhe:

– Que pensaes das minhas feridas?

De Santi respondeu:

– Tende confiança em Deus e na vossa mocidade.

– Está bom, disse Morosini; comprehendo, estou perdido!

Depois ajuntou com um suspiro:

– Pobre mãe!

Entregou uma carteira ao douctor, volveu a cabeça, e recusou desde então pronunciar mais uma só palavra.

Poucos minutos depois de Morosini ter sido curado, um velho sargento do 32.o entrou na ambulancia, e depois de ter anciosamente procurado o leito do joven official, disse ao medico.

– É elle!

– Que quereis dizer? lhe perguntou de Santi.

– Que a lodo o custo queria salvar este pobre moço; tenho feito tudo o possivel. Mas não, isto foi mal para elle.

Então elle contou que Morosini, acompanhado sómente de quatro homens tinha sido cercado; tinham-lhe intimado que se rendesse, ao que elle respondêra:

– Nunca!

E continuou a ferir com sua espada gritando aos seus:

– Em nome da Italia prohibo-vos de vos renderdes!

O velho sargento então lhe havia apontado a bayoneta ao peito para o intimidar; mas Morosini segurou-a com a mão esquerda, e descarregou um golpe sobre a cabeça do sargento.

Este entretanto prohibia aos soldados de fazerem fogo, esperando aprisionar vivo o mancebo e portanto salval-o. Mas então um soldado que se achava atraz d'elle vendo que Morosini continuava a defender-se atirou-lhe um tiro.

A bala atravessou-lhe as entranhas; era a ferida mortal. Morosini cahiu, mas sobre um joelho e a mão esquerdo. N'esta posição ainda tentou ferir seus adversarios gritando sempre a seus companheiros:

– Fazei-vos matar, mas não vos rendaes!

O sargento furioso voltou-se para o soldado dizendo:

– Desgraçado! que fizeste? Não vês que era uma creança?

Morosini morreu algumas horas depois de ter sido levado á ambulancia, e foi envolvido no lençol em que eu o achára na egreja dos Cem Padres.

Morosini tinha á cintura duas pistollas, na coronha das quaes estava gravado o nome de Koscinsko, amigo de sua familia, e que d'ellas fizera presente a seu avô.

Fiz todas as diligencias possiveis para encontrar essas pistollas e a espada, mas inutilmente. Parece que o velho sargento as possuia, mas declarou não as dar por preço algum.

A 4 de setembro de 1849 os tres feretros que encerravam os cadaveres de Henrique Dandolo, de Lucianno Manara e de Emilio Morosini desembarcaram no Molo-Novo de Genova.

GODOFREDO MAMELI

Garibaldi conta nas suas Memorias e na curta biographia que fez de Mameli que o joven poeta na noite de 3 de junho veiu pedir-lhe de tentar um novo esforço sobre o casino Corsini e que elle lhe concedeu o pedido.

Mameli foi ferido na perna esquerda.

A ferida por si não era nada, mas por uma má disposição do sangue, gangrenou em 18 de junho, e tornou-se indispensavel a amputação.

A janella da camara de Mameli na ambulancia da Trinitá dei Pellegrini, dava sem cessar passagem a toda a especie de projectis; mas Mameli mostrou-se sempre indifferente a este perigo posthumo e póde-se assim chamar. Só no momento em que estava mais enfraquecido pela suppuração elle se tornou um ou dois dias impaciente pelas balas como uma creança pelas moscas.

– Ser morto em pleno ar combatendo, embora; mas morto no meu leito como um paralytico, não!

No dia 8 de junho delirou, delirio encantador durante o qual elle cantava em voz baixa, e se recordava quasi dia por dia da sua vida intellectual – pobre moço! – tão bella e tão curta.

Nos intervallos destes cantos prophetisava ou fazia votos pela sua patria.

Tinha vinte e um annos quando morreu.

Injectei o seu cadaver, que foi enterrado em Roma.

Tinha composto um canto de guerra, que Garibaldi cantava muitas vezes e entoava sem cessar; Fratelli de Italia.

Este canto é popular na Italia.

BERTANI
FIM DO 2.o E ULTIMO VOLUME